PLCS 42 (2024)
Articles

Ritual Encounters in Sixteenth-Century Brazil: The Spiritual Politics of Baptism, Plant Use, and Healing in Jesuit Missionary Writings

DOI: https://doi.org/10.62791/827qz285

Published 2025-05-14

Abstract

ABSTRACT: Jesuit missionary encounters with Indigenous healers and spiritual leaders, known as the pajé or caraíba in Tupi, resulted in a cross-cultural exchange that often centered on the spiritual politics of baptism, ritual plant use, and the religious authority to heal in sixteenth-century coastal Brazil. Writings of prominent missionaries operating in the region, including Fernão Cardim and José de Anchieta, show that the power to heal, or to cause death via ritual contact, became central to Jesuit conversion efforts. This correlation did not go unnoticed, becoming a cause for alarm among native populations. Through an analysis of the cross-cultural ritual exchange at the nexus of baptism and death, this essay highlights the way in which Tupi peoples integrated Christian ritual practices into their own socio-spiritual frameworks, evident in the incorporation of baptism into native rituals practiced by santidades, precontact religious formations that morphed into native-led resistance movements.

KEYWORDS: sorcery; santidade; Tupi; Jesuits

RESUMO: Os encontros, na costa do Brasil no século XVI, entre missionários jesuítas e curandeiros e líderes espirituais indígenas, conhecidos como pajé ou caraíba em Tupi, resultaram num intercâmbio cultural que frequentemente se centrou na política espiritual do batismo, no uso ritual de plantas e na autoridade religiosa para curar. Escritos de missionários proeminentes que operavam na região, incluindo Fernão Cardim e José de Anchieta, mostram como o poder de curar, ou de causar a morte através do ritual, se tornou central nos esforços de conversão dos jesuítas. Algo que não passou despercebido, sendo uma causa de alarme entre as populações nativas. Através de uma análise do nexo entre batismo e morte no intercâmbio ritual intercultural, este ensaio destaca a maneira como os povos Tupi incorporaram práticas cristãs em seus próprios contextos socio-espirituais, em particular na adoção do batismo em rituais nativos praticados por santidades, formações religiosas pré-contacto que acabaram por se transformar em movimentos de resistência nativos.

PALAVRAS-CHAVES: Feitiçaria, Santidade, Tupi, Jesuítas