The (In)Tangible Legacy of “Generic Lusotropicalism”: Unexamined Links in the Textual History of “Portuguese Humane Colonialism”
Published 2022-08-17
Copyright (c) 2022 PEDRO SCHACHT PEREIRA
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Abstract
ABSTRACT: For quite some time, Portuguese scholars have proposed that the success of the cooptation of Gilberto Freyre’s Lusotropicalism by the colonial discourse of Portugal’s Estado Novo can be explained in part due to the preexistence of a colonial discourse that contained similar ideas, at least as far back as the late eighteenth century. In this article, I trace the textual history of what has been called “generic Lusotropicalism” in order to establish some of the known and lesser-known sources of this ideological construct. Whereas the authority of sources has continually been claimed both by proponents of generic Lusotropicalism—as historical corroboration—and by scholars who have studied it, I claim here that this textual history is more heterogeneous than may have been previously thought and has not always been wielded with the same rhetorical or political purposes.
KEYWORDS: Lusotropicalism, humane colonialism, Hegel, Henry Koster, Jaime Cortesão
RESUMO: A existência de um ideário de feição lusotropicalista em Portugal prévio à apropriação do lusotropicalismo de Gilberto Freyre pelo discurso colonial do Estado Novo, e que se manifestaria desde pelo menos os finais do séc. XVIII, tem sido explicada pelos estudiosos como uma razão do sucesso dessa apropriação. Este artigo segue no encalço da história textual daquilo a que se chamou “lusotropicalismo genérico,” de forma a estabelecer algumas das fontes conhecidas e menos conhecidas desse construto ideológico. Enquanto que a autoridade das fontes tem sido uma constante entre os defensores do lusotropicalismo genérico—que veem nela uma corroboração histórica—e os seus estudiosos, neste artigo proponho que a história textual em questão é mais heterogénea do que antes se pensava e nem sempre foi usada com os mesmos propósitos retóricos e políticos.
PALAVRAS-CHAVE: Lusotropicalismo, colonialismo humano, Hegel, Henry Koster, Jaime Cortesão