Troubling the Good Time Blues: Fado Performance, Placemaking, and Border Crossing in the United States
Published 2022-08-17
Copyright (c) 2022 KIMBERLY DACOSTA HOLTON
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Abstract
ABSTRACT: This paper examines fado’s powerful relationship to deterritorialization and the complex spatial poetics that condition fado in diaspora. Immigrant enclaves, often defined by frames of spatial multiplicity, where lives are contextualized according to places left and places arrived at, are fertile ground for the study of a musical genre like fado, known both for its topophilia, or love of place, and for its intense focus on making absent places present. This paper explores the ways in which multiple spatial frames inform and influence fado performance in New Jersey. The closing of Newark’s last casa de fado has forced the genre into “tight spaces” where fado performers and aficionados share evenings of entertainment with other musical genres and audiences. Some view this hybrid format as a positive development, others as a negative one. Those who see fado’s unmooring from traditional performance spaces as the cause of repertoire diminishment and audience misbehavior have pushed fado into spaces associated with education as well as into small, private, home-like settings. Lastly, fado’s increasing vulnerability within the space of the enclave has resulted in charged border crossings and the emergence of a more heterogenous group of fado performers and enthusiasts. These border crossings are contextualized against the backdrop of a history of ethnic tensions in Newark’s Ironbound neighborhood, and a move among some artists and community leaders to embrace a paradigm of mixture and exchange, with fado as a key expressive laboratory for such a shift.
KEYWORDS: fado, diaspora, Portuguese Americans, Newark, Ironbound, migration, performance, music
RESUMO: Este ensaio examina a relação poderosa entre o fado e a desterritorialização, além da poética complexa que condiciona a performance do fado em diáspora. Enclaves de imigrantes, muitas vezes definidos por quadros de multiplicidade espacial, onde as vidas individuais são contextualizadas de acordo com os espaços que ficaram atrás e os espaços de chegada, constituem-se em território fértil para o estudo de um género musical como o fado, reconhecido pela sua topofilia, ou amor ao espaço, e pelo seu enfoque intenso de tornar presentes os espaços ausentes. Este artigo explora as maneiras como múltiplas espacialidades informam e influenciam a performance do fado no estado de Nova Jersey. O encerramento de última casa de fado em Newark forçou o género a estabelecer-se nos “espaços apertados” onde os fadistas e os seus aficionados partilham noites de entretenimento com outros géneros musicais e outros públicos. Alguns vêm neste formato híbrido um desenvolvimento positivo, outros negativo. Os que vêm o desancorar do fado dos seus locais tradicionais como a causa do empobrecimento de repertório e do mau comportamento do público têm levado o fado para os espaços associados com a educação e para espaços íntimos, que se assemelham a lares particulares. Por último, a vulnerabilidade crescente do fado no espaço do enclave imigrante resultou em travessias de fronteira intensas e no surgimento de um grupo mais heterogéneo de fadistas e entusiastas. Estas travessias de fronteira, que serão contextualizadas na história das tensões étnicas dentro do bairro de Ironbound, em Newark, motivaram a aceitação por parte de alguns artistas e líderes da comunidade, de um novo paradigma de mistura e intercâmbio, utilizando o fado como um importante laboratório expressivo para tal mudança.
PALAVRAS-CHAVE: fado, diáspora, luso-americanos, Newark, New Jersey, Ironbound, migração, emigrantes, performance, música