PLCS 36/37 (Fall 2021/Spring 2022)
Heritages of Portuguese Influence: Histories, Spaces, Texts, and Objects

Troubling the Good Time Blues: Fado Performance, Placemaking, and Border Crossing in the United States

DOI: https://doi.org/10.62791/2a5ra978
Front Cover

Published 2022-08-17

Abstract

ABSTRACT: This paper examines fado’s powerful relationship to deterritorialization and the complex spatial poetics that condition fado in diaspora. Immigrant enclaves, often defined  by  frames  of  spatial  multiplicity,  where  lives  are  contextualized  according  to  places left and places arrived at, are fertile ground for the study of a musical genre like fado, known both for its topophilia, or love of place, and for its intense focus on making absent  places  present.  This  paper  explores  the  ways  in  which  multiple  spatial  frames  inform and influence fado performance in New Jersey. The closing of Newark’s last casa de fado has forced the genre into “tight spaces” where fado performers and aficionados share evenings of entertainment with other musical genres and audiences. Some view this hybrid format as a positive development, others as a negative one. Those who see fado’s unmooring from traditional performance spaces as the cause of repertoire diminishment and audience misbehavior have pushed fado into spaces associated with education as well as into small, private, home-like settings. Lastly, fado’s increasing vulnerability within the space of the enclave has resulted in charged border crossings and the emergence  of  a  more  heterogenous  group  of  fado  performers  and  enthusiasts.  These  border crossings are contextualized against the backdrop of a history of ethnic tensions in Newark’s Ironbound neighborhood, and a move among some artists and community leaders to embrace a paradigm of mixture and exchange, with fado as a key expressive laboratory for such a shift.

KEYWORDS: fado, diaspora, Portuguese Americans, Newark, Ironbound, migration, performance, music

RESUMO: Este ensaio examina a relação poderosa entre o fado e a desterritorialização, além da poética complexa que condiciona a performance do fado em diáspora. Enclaves de imigrantes, muitas vezes definidos por quadros de multiplicidade espacial, onde as vidas individuais são contextualizadas de acordo com os espaços que ficaram atrás e os espaços de chegada, constituem-se em território fértil para o estudo de um género musical como o fado, reconhecido pela sua topofilia, ou amor ao espaço, e pelo seu enfoque intenso de tornar presentes os espaços ausentes. Este artigo explora as maneiras como múltiplas espacialidades informam e influenciam a performance do fado no estado de Nova Jersey. O encerramento de última casa de fado em Newark forçou o género a estabelecer-se  nos  “espaços  apertados”  onde  os  fadistas  e  os  seus  aficionados  partilham  noites de entretenimento com outros géneros musicais e outros públicos. Alguns vêm neste  formato  híbrido  um  desenvolvimento  positivo,  outros  negativo.  Os  que  vêm  o  desancorar  do  fado  dos  seus  locais  tradicionais  como  a  causa  do  empobrecimento  de  repertório e do mau comportamento do público têm levado o fado para os espaços associados com a educação e para espaços íntimos, que se assemelham a lares particulares. Por último, a vulnerabilidade crescente do fado no espaço do enclave imigrante resultou em  travessias  de  fronteira  intensas  e  no  surgimento  de  um  grupo  mais  heterogéneo  de  fadistas  e  entusiastas.  Estas  travessias  de  fronteira,  que  serão  contextualizadas  na  história  das  tensões  étnicas  dentro  do  bairro  de  Ironbound,  em  Newark,  motivaram  a  aceitação por parte de alguns artistas e líderes da comunidade, de um novo paradigma de mistura e intercâmbio, utilizando o fado como um importante laboratório expressivo para tal mudança.

PALAVRAS-CHAVE: fado,  diáspora,  luso-americanos,  Newark,  New  Jersey,  Ironbound,  migração, emigrantes, performance, música