Published 2022-08-17
Copyright (c) 2022 KRISTA BRUNE
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Abstract
ABSTRACT: Critical approaches to heritage invite reflections on how Portuguese-speak-ing diasporic communities in the New York metropolitan area articulate forms of community, collective memory, and embodied culture. While the region’s Portuguese and Brazilian immigrants and their descendants recognize their shared language through educational and linguistic initiatives, they celebrate their national differences during annual festivals of Portugal Day in Newark in June and Brazilian Day in New York in September. These festivities exemplify the function of heritage as a comment on the past constructed in the present through displays of cultural practices and traditions. To examine the manifestations and repercussions of heritage work among diasporic communities, this article analyzes how Portugal Day and Brazilian Day serve to foster collectivity among immigrant groups on the basis of national affiliations and also commodify their cultures as temporally and/or spatially “other” and, thus, exotic for contemporary residents of the New York area. The performances at Portugal Day and Brazilian Day as “authentic” expressions of national cultures differ, however, especially with respect to temporalities. An interest in preserving cultural traditions from previous centuries permeates Portugal Day, which contrasts with the greater emphasis on contemporary musicians and artists at Brazilian Day. I suggest that these temporal orientations point to different strains of national identity and culture as encapsulated by the concept of saudade in Portugal and the idea of Brazil as “the country of the future” and, moreover, the distinct histories of Portuguese and Brazilian migration to the United States.
KEYWORDS: Portuguese and Brazilian immigrants, ethnic celebrations, New York, national identity, cultural heritage
RESUMO: As aproximações críticas ao patrimônio convidam reflexões sobre como as comunidades da diáspora lusófona na área metropolitana de Nova Iorque articulam formas de comunidade, memória coletiva e cultura encarnada. Enquanto os imigrantes portugueses e brasileiros e seus descendentes reconhecem sua língua compartilhada em iniciativas educacionais e linguísticas, ao mesmo tempo as duas comunidades celebram suas diferenças nacionais durante os festivais anuais do Dia Portugal em Newark em junho e o Dia Brasileiro em Nova Iorque em setembro. Essas festas exemplificam a função de patrimônio como um comentário sobre o passado construído no presente via as exibições das práticas e tradições culturais. Para examinar as manifestações e repercussões do patrimônio entre comunidades diaspóricas, este artigo analisa como o Dia Portugal e o Dia Brasileiro fomentam o sentido de coletividade entre grupos de imigrantes com base nas afiliações nacionais e, ao mesmo tempo, mercantilizam suas culturas como “outras” em termos temporais e/ou espaciais e, por isso, exóticas para os residentes contemporâneos de Nova Iorque. As representações durante o Dia Portugal e o Dia Brasileiro como expressões “autênticas” das culturas nacionais diferem, especialmente com respeito às temporalidades. Um interesse em preservar as tradições culturais de séculos anteriores permeia o Dia Portugal, o que contrasta com a ênfase maior nos músicos e artistas contemporâneos no Dia Brasileiro. Sugiro que essas orientações temporais indicam diferentes variedades de identidade e cultura nacionais como encapsuladas pelo conceito de saudade em Portugal e a ideia do Brasil como “o país do futuro” e, além disso, as histórias distintas da migração portuguesa e brasileira para os Estados Unidos.
PALAVRAS-CHAVE: imigrantes portugueses e brasileiros, celebrações étnicas, Nova Iorque, identidade nacional, patrimônio cultural