PLCS 32 (2019)
Luso-American Literatures and Cultures Today

Judeotropicalism: Jewish Transculturations in the Lusophone New World

DOI: https://doi.org/10.62791/tnkswc45

Published 2019-09-25

Abstract

ABSTRACT: This  paper  conceptualizes  Sephardic  Jewish  survival  in  the  Iberian  Peninsula  and the so-called New World through the lens of Lusotropicalism, syncretism, transculturation and mestizaje. Beginning with the Edict of Expulsion in Spain and forced conversion to Catholicism in Portugal, New Christians face the violent side of transculturation. After the Inquisition is set up in Portugal, New Christians develop syncretic methods to worship  as  both  Jews  and  Christians.  Under  a  united  peninsula  between  1580-1640,  Conversos  flee  to  Holland  where  they  unite  with  other  Jews  and  become  the  Nação,  a  community whose identity is both religious and financial. This group goes with the Dutch West  India  Company  to  Recife  where  some  Portuguese  New  Christians  become  Jews  once again. After the Portuguese retake Recife, the Jews of the Nação flee to Suriname, developing mestizo communities there and in some of the Caribbean islands. Other Jews from Recife arrive in New Amsterdam (New York) where they establish a thriving community. After 500 years, the influence of these groups can still be felt in the synagogues built in New York, the creole language Papiamentu/o spoken in Curaçao, Aruba and Bonaire, and the tombstones in Suriname, Curação and Barbados, among other things.

KEYWORDS:  transculturation,  Lusotropicalism,  Gilberto  Freyre,  Judeotropicalism,  New  Christians, Holland, Sephardim, synagogues

RESUMO: Este  artigo  investiga  várias  teorias  usadas  para  explicar  a  mistura  de  raças  e  culturas como o Lusotropicalismo, transculturalismo, sincretismo religioso e miscigenação  para  examinar  a  sobrevivência  dos  Judeus  sefarditas  depois  da  Expulsão  de  1492  da Espanha e das conversões forçadas em Portugal em 1497 até hoje em dia. Durante a Inquisição  em  Portugal,  comunidades  Judaicas  desenvolveram  métodos  sincréticos  de  praticar religião como Judeus e Cristãos. Sob a península unida entre 1580 e 1640, muitos destes Cristãos Novos saíram de Portugal e foram para Holanda, onde voltaram a praticar Judaísmo com outros Judeus e tornaram-se num grupo financeiro e religioso muito unido e influente chamado “a Nação.” Este grupo viajou com a Companhia Holandesa do Oeste para Recife e outras colônias no Caribe. Depois de Portugal recapturar Recife, os Judeus da Nação fugiram a Suriname e formaram comunidades mestiças lá e no Caribe. Outros  Judeus  de  Recife  chegaram  em  Novo  Amsterdão  (Nova  Iorque),  onde  estabeleceram  uma  comunidade  vibrante.  Depois  de  500  anos,  a  influência  deste  grupo  ainda  existe nas sinagogas e comunidades que eles construíram nos Estados Unidos, a língua crioula  de  Papiamentu/o  falada  em  Curaçao,  Aruba  e  Bonaire,  e  nas  pedras  tumulares  em Suriname, Curaçao, Barbados entre outras coisas. 

PALAVRAS-CHAVE: transculturação,  Lusotropicalismo,  Gilberto  Freyre,  Judeotropicalismo,  Cristãos Novos, Holanda, sefarditas, sinagogas